SECOM/JP
O Complexo Hospitalar de Mangabeira (CHM) está participando do projeto Telescope II do Hospital Israelita Albert Einstein, em parceria com o Ministério da Saúde. O projeto é um estudo multicêntrico, que visa avaliar os efeitos da Telemedicina em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos e promover avanços significativos na qualidade do cuidado intensivo.
“Desde o ano passado, o nosso hospital tem contribuído com a coleta de dados, etapa fundamental para o embasamento científico do projeto. Agora iniciamos uma nova fase: a de intervenção. Isso significa que passaremos a contar com a atuação direta da equipe médica e multiprofissional do Hospital Israelita Albert Einstein, por meio de visitas clínicas realizadas à distância, utilizando um equipamento de telemedicina que permite a comunicação audiovisual em tempo real. Essas visitas serão conduzidas por um médico intensivista do Einstein, que, a partir das informações fornecidas pelo nosso médico plantonista, fará sugestões de condutas clínicas, como um verdadeiro ‘diarista à distância’. Além disso, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos e outros profissionais da nossa equipe também estarão envolvidos ativamente nesse processo”, explica a diretora técnica do CHM, Raphaella Lacerda.
Para a implementação efetiva do teleatendimento, a equipe do Albert Einstein veio até João Pessoa para realizar um treinamento com os profissionais do CHM. A visita aconteceu ao longo desta segunda (14) e terça-feira (15), uma forma de acolher duas equipes plantonistas diferentes. Durante o período, os profissionais do Albert Einstein acompanharam as visitas dos profissionais do CHM orientando sobre a manipulação do sistema de telemedicina e sobre o relacionamento a distância com o profissional do teleatendimento.

“Esse projeto vai agregar qualidade ao atendimento que nós prestamos aos nossos pacientes e essa qualidade vem de um hospital de referência no Brasil, que é o Albert Einstein, e vamos poder agregar todo o know-how que esse hospital tem. A partir do Telescope II vamos ter possibilidade de contato com os médicos especialistas renomados nos dando orientações com relação às condutas e contato com profissionais de outras áreas como fisioterapia, farmácia e enfermagem. Isso vai agregar muita qualidade no nosso atendimento e a gente espera que essa qualidade resulte em uma performance melhor, uma taxa de mortalidade menor e que consigamos devolver mais pacientes à sociedade, ao seio das suas famílias”, destaca o médico e coordenador da UTI do CHM, Madson Mariz.
Para Madson Mariz “a participação do Complexo Hospitalar de Mangabeira no Telescope II é fundamental para todos. Ganha o projeto vai ter um número grande de informações para aperfeiçoar essa telemedicina na UTI, ganha a saúde do Município, já que aqui nós vamos ter o aval e o apoio dessa grande instituição nacional e, consequentemente, ganha a população que terá uma assistência ainda mais especializada e de muita qualidade”, avalia.
O diretor-geral do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Felipe Medeiros explica ainda que o projeto prevê diferentes combinações de intervenção, com apoio técnico multiprofissional e de gestão, de forma que todas as UTIs participantes possam ser avaliadas sob diferentes contextos.
“Acreditamos que essa iniciativa é um passo importante para integrar tecnologia e conhecimento especializado ao cuidado em saúde, com potencial para transformar a realidade das UTIs em todo o País, inclusive a nossa. Estamos muito orgulhosos de fazer parte desse movimento inovador, que valoriza a ciência, o trabalho em equipe e o compromisso com a vida”, conclui o médico e gestor.

Sobre o projeto – Desenvolvido pelo Hospital Israelita Albert Einstein, o projeto Telescope II pretende avaliar o impacto das intervenções por telemedicina no cuidado à pacientes graves em UTIs do Sistema Único de Saúde. A hipótese avaliada e a ser confirmada é que a adoção de estratégias baseadas na participação da equipe multidisciplinar e gestão da qualidade melhorem os resultados assistenciais, especialmente quando há visitas multidisciplinares diárias ao paciente.
O projeto está sendo desenvolvido em 25 hospitais de diferentes estados, abrangendo entre 18.750 e 25 mil pacientes, ao longo de 24 meses. Para conhecer o projeto, basta acessar o link: